André Martins (Sporting CP)



André Martins é, talvez, o jogador mais promissor entre os muitos jovens que o Sporting tem no plantel. Comparando-o com nomes como Adrien Silva, Cédric Soares, Diego Rubio ou Carrillo, André Martins é aquele em que os sportinguistas depositam mais esperanças (pelo menos é o que reúne maior consenso entre as opiniões), não deixando os adeptos rivais indiferentes ao seu talento.

Martins, como o próprio se descreve, já nasceu com vontade de jogar futebol, tendo sido o próprio jogador a inscrever-se no clube da sua terra natal, no modesto Argoncilhe, onde começou a dar os seus primeiros passos. Mais tarde, em 2000, veio o Feirense. Na altura, o jovem mudou-se para o emblema de Santa Maria da Feira, no qual permaneceria durante dois anos até surgir o interesse do Sporting. O médio luso convenceu os dirigentes leoninos, que o observaram atentamente nos jogos do Feirense, e mudou-se para a capital com apenas 12 anos de idade.


Nome: André Renato Soares Martins
Nascimento: 21/01/1990 (22 anos)
Naturalidade: Argoncilhe, Santa Maria da Feira
Altura: 169 cm
Peso: 64 kg
Posição: Médio / Extremo
Clube: Sporting CP
Percurso: Argoncilhe (1999-2000), Feirense (2000-2002), Sporting (desde 2002): empréstimos ao Real Massamá (2009-2010), Belenenses (2010), Pinhalnovense (2011)
Nº Camisola: 28


Em Lisboa, seguiram-se oito anos de formação de leão ao peito, onde esteve envolvido em algumas conquistas importantes, sendo campeão nacional de juvenis e juniores. De assinalar que, após a passagem do escalão juvenil para júnior, André Martins assinou um contrato profissional com o emblema de Alvalade, juntamente com Wilson Eduardo, Diogo Rosado e Diogo Amado.

Após completar a sua formação no Sporting, veio a sua primeira experiência no futebol sénior. O médio português seria cedido primeiramente ao Real Massamá, da segunda divisão, onde conseguiu pegar de estaca, sendo titular em praticamente todos os encontros. Depois de um período de adaptação ao escalão sénior, onde a aprendizagem no Real Massamá foi de extrema importância, na temporada seguinte viria a ser novamente emprestado.

A sua nova aventura continuaria a ser feita em Lisboa, mas, desta vez, ao serviço do Belenenses. A época não correu de feição, quer para o clube lisboeta, quer para Martins, que pouco jogou com a Cruz de Cristo ao peito. No entanto, em Janeiro, no mercado de Inverno, o Sporting resolveu emprestá-lo ao Pinhalnovense, dada a escassa utilização no Restelo. Em Pinhal Novo jogou a maior parte dos jogos da segunda metade da época e, após o final da cedência, André Martins apresentou-se no Sporting.

Surpreendentemente, ou não, Martins viria a permanecer nessa época - 2011/2012 - no plantel principal dos leões, às ordens de Domingos Paciência. Contudo, e apesar de Paciência apostar algumas vezes no jovem médio, seria após a mudança de treinador em Alvalade - com a entrada de Sá Pinto - que André Martins seria mais vezes titular e renderia os adeptos portugueses ao seu tamanho talento.

Classe, maturidade e raça foram algumas das características reveladas pelo atleta leonino que, apesar de muitas vezes comparado a João Moutinho (do qual herdou inclusivamente o número da camisola), faz lembrar jogadores à margem como Pablo Aimar, devido à sua inteligência, visão de jogo, boa qualidade de passe e capacidade de progredir com a bola de forma elegante. Arrisco-me a dizer que não faltará muito até uma chamada à selecção AA portuguesa, já que nos sub-21 tem sido um dos grandes destaques na formação liderada por Rui Jorge.

Gonçalo Nuno Oliveira
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Ricardo Pereira (Vitória SC)



Desde que assumiu a presidência do Vitória SC, Júlio Mendes tem efectuado uma notável reestruturação financeira no clube. Face ao surpreendente valor do passivo, o presidente optou por prescindir de alguns atletas com inegável valor mas que representavam grandes encargos no final do mês.

Desse modo, nomes como Nilson, João Alves e Nuno Assis, grandes referências do emblema vimaranense nas últimas épocas, abandonaram a Cidade Berço, de forma a reduzir a folha salarial e ajudar a reequilibrar as contas do clube. Esta nova política de austeridade imposta por Júlio Mendes fez com que a aposta nos jovens provenientes das camadas jovens passasse então a ser uma realidade mais efectiva. Um dos miúdos que tem aproveitado esta oportunidade é o extremo Ricardo, que promete ser uma das revelações da nova época.


Nome: Ricardo Domingos Barbosa Pereira
Nascimento: 06/10/1993 (18 anos)
Naturalidade: Lisboa
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Extremo
Clube: Vitória SC
Percurso: Sporting (2004-2010), Naval (2010-2011), Vitória SC (desde 2011)
Nº Camisola: 21


O jovem integrou-se nos escalões de formação do Sporting em 2004 e permaneceu no emblema leonino durante seis temporadas. A saída deveu-se a opções meramente técnicas, visto que Ricardo não seria, previsivelmente, muito utilizado ao longo da época.

Assim, mudou-se para a Naval no seu primeiro ano como júnior e tornou-se de imediato um dos jogadores mais influentes da equipa. A sua estada na Figueira da Foz durou apenas um ano, pois o Vitória de Guimarães demonstrou interesse e acabou por contratá-lo. Na Cidade Berço, Ricardo encantou a equipa técnica pela sua impressionante rapidez e pelo seu virtuosismo técnico, destacando-se dos seus colegas de equipa.

A sua invejável qualidade não passou igualmente despercebida ao técnico Rui Vitória, que passou a integrá-lo nos treinos da equipa principal. O extremo não se intimidou e mereceu, dessa forma, a confiança do treinador, que o lançaria em três partidas na recta final da última Liga ZON Sagres. A sua espantosa capacidade de explosão e o seu drible curto são alguns dos atributos que maravilharam os adeptos vitorianos, que nutrem já um especial carinho pelo jovem.

Internacional sub-19 português, Ricardo tem estado em evidência nesta pré-temporada, sendo visto como uma das previsíveis surpresas do próximo campeonato. Orientado por um treinador habituado a projectar jovens talentos, o extremo é mais um diamante que Rui Vitória poderá lançar para a alta-roda do futebol.

Filipe Jesus
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George Tucudean (FC Dinamo Bucareste)



Agora que Marius Niculae e Adrian Mutu caminham para o fim das respectivas carreiras, há um jovem avançado romeno que começa a sobressair no campeonato local. George Tucudean, jogador de 21 anos do Dinamo Bucareste, está a ter um início de época de sonho. Foi eleito melhor em campo na vitória por penáltis da sua equipa na Supertaça Romena ao apontar dois golos e agora, na passagem da 2ª jornada da Liga, marcou um poker na goleada imposta pelo Dinamo ao CSMS Iasi.

Filho de famílias abastadas, George Tucudean nasceu no ano de 1991, em Arad, no oeste da Roménia. Antes de ingressar nas camadas jovens do Atletico Arad, Tucudean dividia o seu tempo entre os treinos de ténis e o karting, regalias de um menino que vinha de boas famílias. Contudo, a paixão pelo futebol revelou-se mais forte. De tal forma que aos 16 anos de idade Tucudean era já uma das principais promessas do seu país.


Nome: Marius George Tucudean
Nascimento: 30/04/1991 (21 anos)
Naturalidade: Arad - Roménia
Altura: 187 cm
Peso: 80 kg
Posição: Ponta-de-Lança / Extremo
Clube: FC Dinamo Bucareste - Roménia
Percurso: Atletico Arad (2005-2008), UTA Arad (2008-2011), Dinamo Bucareste (desde 2011)
Nº Camisola: 29


Na época de 2008/2009 George Tucudean transferiu-se para o UTA Arad. A jogar na 2ª divisão da Roménia, este jovem internacional pelas selecções jovens do seu país evidenciou desde logo uma boa capacidade finalizadora, que viria a ser confirmada na época seguinte. As suas boas prestações chamaram a atenção do Dinamo Bucareste e logo o colosso da capital romena tratou de garantir os serviços deste matador puro. A primeira metade da temporada de 2010/2011 foi passada ainda no UTA Arad, por empréstimo, mas em Janeiro de 2011 Tucudean ingressou definitivamente no Dinamo Bucareste.

A sua estreia oficial ocorreu apenas a 1 de Abril do referido ano mas ainda a tempo de causar impacto no seu novo clube. Os 4 golos que apontou nos 13 jogos em que participou ajudaram o Dinamo a classificar-se em 6º lugar e a chegar à final da Taça da Roménia. Na temporada 2011/2012 marcou o seu primeiro golo na Liga Europa, em partida da 3ª pré-eliminatória, mas daí até Maio ficou em branco nos vários jogos que disputou, ainda que sempre saído do banco. Mas à 31ª jornada tudo mudou, quando o seu técnico decidiu colocá-lo pela primeira vez a jogar de início no campeonato. Daí até ao final da prova contabilizou 3 golos nas derradeiras quatro partidas.

Muito forte no jogo aéreo e com um remate muito colocado, Tucudean destaca-se pelos processos simples na hora de atacar a baliza. Por vezes dá a ideia de ser limitado em termos técnicos, mas é um jogador eficaz quando tem a bola, sobretudo no capítulo da finalização. Manteve a capacidade de goleador que o notabilizou no final da última época, surgindo agora com números prometedores – 6 golos em 3 jogos que disputou. Rápido e forte fisicamente, impõe respeito nas defesas contrárias e consegue decidir jogos individualmente, desde que tenha uma boa equipa a trabalhar para si.

Vídeo:


O seu início de temporada tem sido altamente concretizador. George Tucudean parece finalmente confirmar as credenciais que o levaram a Glasgow, ainda muito jovem, mas onde acabou por não convencer os responsáveis do campeão escocês. Hoje em dia está mais maduro e parece pronto para dar o salto, o que poderá ocorrer muito brevemente. Trata-se ainda de um jogador acessível para a maioria dos clubes dos principais campeonatos europeus, podendo inclusive deixar Bucareste ainda neste mercado de transferências...

Ricardo Abreu
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