sábado, 23 de junho de 2012

Entrevista a Salvador Agra

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Salvador Agra (ver artigo) é um dos exemplos paradigmáticos de que existem muitos jovens portugueses com grande talento. Em declarações exclusivas ao Rumo ao Estrelato, o jovem poveiro faz uma retrospectiva da sua ainda curta carreira e fala da sua excelente época ao serviço da Olhanense, onde foi considerado uma das grandes revelações da última Liga ZON Sagres. Aos 20 anos, Salvador parte agora para uma nova aventura com a camisola do Bétis de Sevilha, revelando, no entanto, alguma mágoa por não ter merecido uma maior atenção por parte dos principais clubes nacionais.


RE – Começou a carreira no Varzim, um clube do norte de Portugal que já passou algumas temporadas na maior divisão portuguesa. Que recordações guarda da formação nesse histórico?

SA - Joguei 11 anos na formação do Varzim e as recordações que tenho são as melhores. Foi onde cresci como jogador e como homem e houve, sem dúvida, muitas situações e pessoas que me marcaram como o mister Cacheira, que foi meu treinador nas escolinhas e nos infantis do clube, entre outros.


RE - No início da última temporada foi contratado pelo Olhanense. Como foi a mudança para um clube e uma cidade tão distantes da sua terra natal?

SA - Foi uma experiência muito positiva e enriquecedora, pois nunca tinha saído da minha terra e da casa dos meus pais e tive de me habituar depressa à nova vida longe das minhas raízes. Fui muito bem recebido pelas gentes de Olhão e estou muito agradecido a tudo o que fizeram por mim. Fazendo um balanço da época, acho que seria difícil ter corrido melhor.


RE - Foi um dos grandes destaques da Olhanense naquela que foi a melhor época de sempre da história do clube. Como descreve esta sua primeira experiência no principal escalão do futebol português?

SA - Jogar pela primeira vez na Liga ZON Sagres deu-me um gozo tremendo. Poder disputar os jogos com os melhores jogadores a actuarem em Portugal foi sem dúvida muito bom.
















RE - Sérgio Conceição é considerado um dos mais promissores treinadores da nova leva de técnicos portugueses. Como foi trabalhar estes últimos meses com ele?

SA - Fantástico, é um grande homem e um grande treinador. Não tenho dúvidas que a curto prazo vai entrar na elite dos treinadores portugueses.


RE - Com apenas vinte anos despertou o interesse do Bétis de Sevilha, um dos emblemas com passado mais sólido em Espanha. Acha que deu esse passo na altura certa da carreira?

SA - Sim, acho que sim. Se pensasse o contrário não teria assinado contrato com o Bétis.


RE - Sem colocar em causa o valor do Bétis, acha que deveria ter merecido uma maior atenção por parte dos principais clubes portugueses?

SA - Claro que gostaria que tivessem estado atentos ao meu desempenho, mas assinei com o Bétis e a minha cabeça já só está em Sevilha.


RE - As equipas portuguesas tendem a apostar cada vez menos nos jogadores nacionais. Estará isso a comprometer o futuro da selecção?

SA - Não acredito que algum dia o futuro da selecção esteja comprometido, mas é obvio que gostava de ver mais jogadores jovens portugueses a actuarem nas equipas nacionais.
















RE - Considera as equipas B uma mais-valia para os jovens portugueses poderem evoluir?

SA - Penso que sim. Geralmente perdem-se grandes talentos na transição de júnior para sénior e com as equipas B torna-se muito mais fácil essa transição.


RE - Qual a sensação de jogar com a camisola da selecção nacional?

SA - É a melhor sensação do mundo. Representar o meu país é para mim um grande motivo de orgulho.


RE – Faça-nos agora uma descrição do Salvador Agra enquanto jogador.

SA - Sou um extremo puro, que gosta de jogar muito no um contra um. Sou veloz e cumpro tacticamente o que os treinadores me pedem. Golos e assistências também são características que possuo.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas nacionais e internacionais que poderão despontar futuramente?

SA - Não quero individualizar pois acho que Portugal é um viveiro de bons talentos.


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

SA - Penso que devem continuar com o bom trabalho a divulgar o valor de jovens talentos.





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